André Chame, advogado do Botafogo. Foto: Vitor Silva/Botafogo
Futebol, Futebol Nacional

André Chame: “O investimento de John Textor não é para pagar dívidas, e sim para aplicar na receita do futebol do Botafogo”

Daniel Dutra
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Advogado responsável pelas informações sobre a SAF do Botafogo, André Chame esclareceu sobre o destino do investimento do empresário John Textor.


Nesta segunda-feira (17), André Chame concedeu uma entrevista exclusiva ao podcast “Dinheiro em Jogo”, de Rodrigo Capelo, jornalista da Globo. Na ocasião, o advogado respondeu perguntas sobre a utilização do dinheiro investido pelo empresário americano John Textor. Nessa semana, o Botafogo receberá um aporte de R$ 50 milhões, que se transformarão em R$ 150 milhões quando o novo dono do clube assinar o contrato de compra definitivo.

Ao todo, serão investidos 400 milhões. Dinheiro que será dividido em etapas. De acordo com André Chame, todo esse investimento será voltado para pagamento de receitas, como salários e contratações por exemplo.

50 milhões milhões para a associação civil

“Esse dinheiro, em princípio é: para o pagamento das receitas correntes do clube. O clube tem suas despesas mensais, o caixa é muito apertado nesses primeiros quatro meses com os estaduais. A receita do estadual é pequena. Ou seja, parte vai para as receitas correntes, e parte vai, através do comitê de transição, definido em conjunto com a equipe do John (Textor) para a contratação de jogadores. Então é uma parte para as despesas correntes e outra parte para reforços mesmo.” – declarou o advogado.

Portanto, de acordo com André Chame, esse primeiro aporte, de R$ 50 milhões, será utilizado para necessidades de curtíssimo prazo. E não para pagamento de dívidas.

350 milhões para a empresa Botafogo SAF

No momento da assinatura do contrato, o alvinegro receberá de imediato mais R$ 100 milhões. Por isso, o Botafogo, via seu presidente Durcésio Melo, disse que o investimento inicial será de R$ 150 milhões. Esse valor continuará sendo pago nos próximos anos, sendo: R$ 100 milhões em 2023, R$ 100 milhões em 2024 e R$ 50 milhões em 2025. Todo esse dinheiro será utilizado para investir em contratações, pagamentos e estrutura, como o centro de treinamento por exemplo. Portanto, como declarou Chame, o objetivo desse recurso não é para pagamento de dívidas.

“O objetivo desse recurso não é pensar em pagamento de dívidas, o objetivo é gerar um incremento de receita futura do Botafogo e, evidentemente você destina 20% da sua receita. O Botafogo hoje é um clube com uma receita projetada em torno de R$ 150/170 milhões. Então você teria R$ 34 milhões para pagar. Se você projeta ano que vem já, R$ 300 milhões, você tem aí R$ 60 milhões para pagamento de dívidas. Então o objetivo é gerar um faturamento mais robusto que possa disputar melhores posições, vender jogadores a melhores preços, ter um faturamento maior e esse faturamento maior evidentemente vai gerar uma aceleração no pagamento da dívida.” – André Chame ao podcast “Dinheiro em Jogo”.

Caso esse faturamento de R$ 300 milhões não seja alcançado no ano que vem, por exemplo, o investimento será aplicado para equilibrar o caixa. Tudo isso, foi pensado no Business Plan da equipe de John Textor. Esse investimento foi feito pensando justamente no equilíbrio financeiro. Para que o Botafogo possa competir em alto nível nos próximos anos.

Daniel Dutra

Jornalista em formação e apaixonado por esportes. Juntei essas duas paixões para produzir conteúdo e valorizar a comunicação criando um portal para levar informação e gerar oportunidades.
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