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Disputa por prêmios, artilharia, recorde de jogos sem ser substituído… Jogadores acima dos 30 anos contrariam imprensa e torcida vivendo seus auges no Brasil e no mundo.
Quando Hernán Crespo substituiu Daniel Alves em sua segunda partida como técnico do São Paulo, ele quebrou uma sequência de incríveis 28 jogos do atleta jogando todos os minutos. Aos 37 anos, Dani tem um dos mapas de calor mais intensos do futebol brasileiro. Algo que contraria imprensa e torcida.
Certamente, durante muito tempo, foi normal tratarmos jogadores acima dos 30 anos como “velhos” para o futebol. Entretanto, em um esporte cada vez mais físico e tático, com novas tecnologias e preparações, ficou mais fácil prorrogar a aposentadoria.
Aliás, diversas desculpas são utilizadas para menosprezar atletas mais experientes que conseguem destaque mesmo em fim de carreira. Entre elas, está o nível do futebol brasileiro. Para muitos, só é possível se destacar no Brasil. Entretanto, sabemos que não é um fato. Aos 39 anos, Ibrahimovic disputa a artilharia do campeonato italiano com Cristiano Ronaldo, de 36 anos.
Condição física não é correr uma maratona
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Poucos são aqueles que curvam mídia e torcida diante de si em casos assim. Existe um pré-conceito de que para ser útil, o jogador que um dia foi veloz, ainda precisa ser rápido. Normalmente, um jogador acima dos 30 anos só é elogiado quando percorre 33km/h em uma jogada de gol. Foi assim com Seedorf em 2012, no gol contra o Cruzeiro. Dessa forma, reconhecem sua utilidade.
Por isso, é preciso se dar conta da visão superficial do jogo. Em relação a torcida, não é algo em que ela deve ser cobrada. Mas para a imprensa sim. Entre os melhores do mundo, os três primeiros estão acima dos 33 anos. Se o futebol europeu levasse em consideração a opinião dos jornalistas e torcedores brasileiros, Mané – quarto colocado – seria o eleito, pois tem apenas 28 anos.
Enquanto os mais experientes se destacam com mapas de calor intensos, jovens como Gabriel Pec, de 20 anos (Vasco) e Rhuan de 21 anos (Botafogo), se destacam pelo baixo índice de participação e até pela má condição física.
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Jogadores acima dos 30 não estão velhos
Como citado anteriormente, existe uma taxação equivocada em relação a idade dos jogadores, pois elas não definem muita coisa. Para os goleiros, existe até um movimento contrário, onde brincam que os 30 anos de um goleiro são os 20 anos de um jogador de linha.
Ademais, precisamos parar de alimentar essa superficialidade. Aos 38 anos, Jagielka segurou o ataque do Liverpool, um dos mais intensos do mundo. E o que seria então do Barcelona sem Lionel Messi, hoje, com 33 anos? Todavia, não precisamos ir tão longe, basta olharmos para o nosso país. Entre os destaques do último brasileirão estão: Nenê (39 anos), Isla (32 anos), Thiago Galhardo (31 anos), Marinho (30 anos), e tantos outros atletas em boas condições de jogo. Os dois últimos citados vivem seus auges na carreira.
Portanto, é preciso ser menos superficial na hora de avaliar um atleta. Em 2021, a idade não é um problema. Assim como a expectativa de vida, a expectativa de carreira também está aumentando cada vez mais. Tudo depende do contexto em que os jogadores estão inseridos.