- Botafogo e Vasco se enfrentam em busca dos melhores objetivos no Brasileirão O Estádio Nilton Santos recebe Botafogo e Vasco pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, nesta terça-feira (05). - 5 de novembro de 2024
- “A torcida do Botafogo que me colocou ali. Nós somos um grande amor!”, diz Fernanda Maia Fernanda Maia é locutora do estádio do Botafogo desde 2019 - 5 de julho de 2024
- Almada desembarca no Galeão para se apresentar no Botafogo Thiago Almada se torna a contratação mais cara da história do futebol brasileiro, superando Luiz Henrique, também do Botafogo. - 4 de julho de 2024
O campeonato brasileiro de 2020 nem começou, mas já bateu recorde fora do campo. Nesse ano, 6 equipes jogarão com marca própria de uniforme, uma tendência que cresce cada vez mais entre clubes regionais e até nacionais.
Uma tendência entre os clubes brasileiros está vivendo seu auge em 2020. A adoção de marca própria para uniformes é uma realidade entre as equipes locais. Depois de tomarem as divisões inferiores com equipes como: Paysandu (Lobo), Juventude (19treze) e Santa Cruz (Cobra Coral), chegou a hora de marcar presença na Série A do campeonato brasileiro.
Em 2018, o Bahia se tornou o primeiro time da primeira divisão a ter marca própria de uniformes, inclusive, com uma ação muito legal, onde os torcedores desenharam as camisas. A marca Esquadrão foi um sucesso logo de cara. Nos três primeiros meses, o Bahia arrecadou mais dinheiro do que arrecadava em um ano completo sendo fornecida pelas marcas tradicionais.
Em 2019, o clube já não estava mais sozinho na Série A, e agora, tem a companhia de mais 5 times: Ceará, Coritiba, Fortaleza, Goiás e Atlético Goianiense. O campeonato já tem mais marca própria do que times sendo fornecido por gigantes como: Adidas, Nike, Puma, Kappa e outras marcas também presentes no campeonato.
Mas como abrir mão de patrocinador pode ser bom?
Mesmo se a matéria não tocasse nesse ponto, seria perceptível algumas coincidências entre os clubes que aderiram ao uniforme de marca própria. A mais clara é que se tratam de clubes locais. Não necessariamente clubes que sejam conhecidos apenas em seus territórios, mas clubes que possuem suas torcidas nele, diferente de times como Corinthians e Flamengo que contam com torcedores de diversos estados quase que massivamente.
Com isso, toda a força do clube concentra-se nos torcedores que estão perto dele, literalmente. Por isso, o valor que eles tem para as grandes fornecedoras, é abaixo dos demais, pois não gera visibilidade em níveis nacionais e internacionais da mesma forma. Consequentemente, é essa força local, que garante um bom desempenho na criação de uma marca própria de uniforme.
Além disso, o já citado Bahia, que até possui mais visibilidade que os outros aderentes, expandiu seus negócios. O clube usa a marca Esquadrão para fornecer material esportivo para outros times, como por exemplo, o Vitória da Conquista. O tricolor além de bater recordes com o lucro das próprias camisas, achou mais uma forma de se beneficiar com esse modelo.
Vimos que é uma ótima opção para os clubes de menor investimento, mas para os principais times ainda não é uma opção muito viável. Além da licença valer mais, o que ainda gera mais lucro, a parceria com marcas de grife como Adidas e Nike ajudam na expansão da marca, que é um dos maiores interesses dos clubes de maior expressão, facilitando a distribuição em outros territórios.
Por isso, alguns clubes como o Santos até sondaram a possibilidade de aderir ao uso da marca própria de uniforme, mas acabaram descartando a ideia. Pode ser que algum clube tente e acabe dando certo, mas é um risco que dificilmente será testado pelos principais clubes que estejam disputando a Série A.
Para o torcedor, além de aumentar ainda mais a identificação com o clube, ganha-se no bolso. O Fortaleza por exemplo lançou camisas populares, gerando mais acessibilidade aos torcedores. Se antes pagavam R$225, agora podem pagar R$60. Fora outras ações específicas, como a do próprio Leão: na compra da camisa popular, quem entregou sua camisa pirata recebeu 10 reais de desconto. Combate a pirataria sem tirar o acesso dos mais pobres.