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Os jogadores da Seleção Masculina de Futebol descumpriram uma regra importante ao subirem no pódio para o recebimento do ouro Olímpico sem vestir o agasalho do Time Brasil.
Após vencer a Espanha por 2 a 1 na final do Futebol Masculino dos Jogos Olímpicos de Tóquio, a Seleção Brasileira descumpriu o protocolo estabelecido entre todos os atletas que estavam disputando as Olimpíadas. Ao subir ao pódio para receber o ouro, a equipe deveria estar vestindo o agasalho do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). E até então, todos os competidores do país que conquistaram medalhas respeitaram a norma, exceto pelos bicampeões. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) orientou os atletas para que amarrassem o agasalho na cintura. O COB afirmou que vai à Justiça contra a CBF pela atitude.
COB e o uso do uniforme correto
O agasalho do Time Brasil é da empresa chinesa Peak, que fornece material esportivo ao COB. Enquanto a CBF, responsável pela Seleção, possui contrato com a Nike. O fato de existirem dois patrocínios diferentes para a mesma finalidade não é um problema ou motivo pelo qual os jogadores não seguiriam o acordo. Em várias outras modalidades, durante as disputas, os atletas podem fazer uso o uniforme do patrocinador da sua confederação, mas no pódio possuem a obrigação de vestir o uniforme do Time Brasil. Um exemplo disso é a skatista Rayssa Leal, que possui contrato com a Nike e só vestiu a marca durante as provas, mas no pódio recebeu a medalha de prata com o agalho da Peak.
O COB se manifestou sobre o ocorrido por meio da seguinte nota oficial:
“O Comitê Olímpico do Brasil repudia a atitude da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e dos jogadores da seleção de futebol durante a cerimônia de premiação do torneio masculino.
No momento, as energias do Comitê estão totalmente voltadas para a manutenção dos trabalhos que resultaram na melhor participação brasileira na História das Olimpíadas.
Por este motivo, apenas após o encerramento dos Jogos o COB tornará públicas as medidas que serão tomadas para preservar os direitos do Movimento Olímpico, dos demais atletas e dos nossos patrocinadores”.
Por que a Seleção descumpriu a regra?
Segundo o repórter Demétrio Vecchioli, do UOL, a conversa sobre isso já acontecia há dias. A CBF queria subir ao pódio vestindo Nike. Atitude que, segundo o COB, é vetada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). A transgressão da regra poderia gerar punição ao Time Brasil, e não à confederação de quem descumpriu, a CBF. Por isso, o COB está sujeito a sofrer um processo da Peak por descumprimento do contrato que os próprios atletas pactuaram a cumprir ao competirem nas Olimpíadas. Além disso, a possibilidade de que foi um engano está descartada, visto que os atletas foram instruídos no caminho do pódio a vestirem o uniforme.
Em Tóquio 2020, o Futebol se alocou acima das outras modalidades, descumprindo um protocolo simples e fundamental sem justificativa plausível. Esse mesmo problema não aconteceu na Rio 2016, porque na época o contrato do Time Brasil era com a Nike.
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No domingo, o lateral Daniel Alves comentou sobre a polêmica em seu Instagram, aumentando o clima de tensão entre os envolvidos:
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